Seja bem vindo!

Todo o conteúdo que passarei aqui, obviamente não foi apenas das entrevistas, li os livros de Carlos Ficker, Herculano Vincezi; Mario Kormann e do Eugênio Herbst e ótimo trabalho de Paulo Henrique Jürgensen; estes merecem o meu mais sincero agradecimento, "pois se tenho algum mérito é porque estive apoiado em ombros de gigantes". Contudo, a alma de todo material que apresento, devo única e exclusivamente a essas pessoas que merecem todo crédito:

Meu amigo Marcio Augustin; Sra. Cassilda Detros; Prof. Ione dos Passos; Seu Nêne Zumbah; Dona Santinha; minha prima Déborah Duvoisin; Dona Enezilda Schwartz (pela infinidade de fotos cedidas); A Irmã Alice (na época diretora do Hospital); Marli Telma; Nádia Bartch; Renato Duvoisin; Seu Adolfo Saltzwedel e ao Sindicato Rural; Ao Dr. Mario Kormann, Seu Ernesto Rocha; Seu Noirton Schoereder; Seu Valdírio Baptista e Família, Seu Osni Cubas; Seu Algacir Lintzmeier; Roberto Reizer; Seu Afonso Carneiro; Seu Osvaldo José Slogel; Braulio José Gonçalves; Seu Silvio Bueno Franco e sua esposa a Professora Sirlei Batista Bueno Franco; A Paróquia Santíssima Trindade; Seu Quinzinho Moura (e seu toque de gaita); Seu Augusto Serafim; Seu Deoclécio Baptista; Dona Hilva Machado; Seu Alonso Kuenen; a Dona Eulália Pazda; e tantos outros que eu talvez, injustamente tenha esquecido.

Obrigado Especial ao meu amigo e primo Luis Carlos Amorim que me conduziu e me apresentou a imensa maioria de todas esses cidadãos beneméritos campoalegrenses.

Obrigado a Todos, que ao cederem suas memórias, lembranças, músicas, fotos, documentos e um pouquinho de suas vidas; permitiram esse trabalho de divulgação de nossa cidade.



segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O Grupo Lebon Régis - Uma história que vem de longe.

Quero postar hoje uma recordação e um agradecimento a Dona Enezilda Scharwz. Foi ela quem me passou muitas fotos e quem me contou muitas coisas interessantes. Dentre essas fotos e fatos, escolhi para postar, hoje, uma cópia de seu convite de formatura. Consta ali o nome da Diretora da época. Quero além do convite, colocar uma foto dessa Diretora.


O Curso Complementar, era um curso equivalente ao Ensino Fundamental hoje, se considerarmos que este preparava o aluno de forma geral, sem especializa-lo em alguma profissão. A partir dele poderia-se optar para o curso "Normal", e a moça que o fazia chamava-se "Normalista" (que seria o equivalente ao Magistério hoje). Para os moços que quisessem ampliar seus estudos, cursariam o "Científico". Na verdade, eram poucas pessoas que chegavam ao complementar e menos ainda os que avançavam para estudos mais aprofundados.
Bom, voltando ao Convite. Ele cita a Diretora Hermelinda Bianchini. Vejamos uma foto dela abaixo:
Clube Agrícola - Década de 40
Aqui a Diretora Hermelinda está acompanhada de outras professoras. Da Esquerda pra direita (Professora não identificada), Professora Maria José da Silva Bernardes, Diretora Hermelinda, Professora Anita Cubas e Professora Beatriz Domingues da Silva. Aliás, nessa foto, elas posam como membros do "Clube Agrícola".
Eu tornarei a falar muito das professoras do Grupo Escolar Lebon Régis. Tarefa não muito fácil, pois, como via de regra em Campo Alegre, não tem muito de sua história preservada.
Grupo Escolar Lebon Régis - Década de 60

Pichirum VIII - O Hospital Capítulo Final.

Não sei precisar exatamente a data, se na década de 70 ou na 80... mas na entrevista cedida pela Professora Ione dos Passos,  foi me dito que a Sra. Martiminiana de Amorim (Dona Marta) precisou ir ao hospital e levou consigo seu título de associada, (aquele que conferia benefícios vitalícios a quem o comprasse por Cr$ 1.000,00), contudo ao exigir em seu julgo um melhor tratamento ou desconto, as irmãs salvatorianas negaram-se a reconhecer o documento. Quem estaria certo? A população que deu tanto de si, pelas mais diversas formas, ou as Irmãs que nada sabiam do documento? Como isso se procedeu? vejamos...
1961. O hospital já estava em funcionamento, porém, havia muito o que fazer (e o que pagar também). O padre e a sociedade viam-se em maus lençois, pois a estrutura de pessoal e equipamento que o Hospital demandava eram tremendas! Como pedir mais a população? Eis que surge uma solução, impopular talvez, mas necessária. O Padre Luis e o Herbst na condição de presidente da Associação, (que lembremos, era a mantenedora dos fundos angariados para a construção, propriedade e funcionamento, do Hospital) - convocaram uma Assembléia Extraordinária com unicamente dois fins: a DOAÇÃO INCONDICIONAL do prédio à Ordem Salvatoriana e a EXTINÇÃO da Sociedade no mesmo ato.
Dessa forma, promessas seriam quebradas, mas o bem maior estaria garantido. Não deve ter sido uma decisão fácil, contudo, foi aplicada. Assim, essa Assembléia ocorreu em 12/04/1961, quase sem quorum algum, pois na primeira convocação não houve presença mínima de associados, sendo requisitada nova assembléia para uma hora depois e apenas com os presentes, foi-se votado e aprovado as duas ações. Assinaram a ata Padre Luis Gilg, Eugênio Herbst e Miguel Kotowicz.


Por essa razão o título da dona Marta Amorim foi ignorado. O documento, dava direitos em relação a Sociedade Beneficente e não a Ordem Salvatoriana e nem ao Hospital (que agora pertencia as Salvatorianas). Ao que me parece, o caso da dona Marta não foi isolado e vários equívocos assim aconteceram. Não dispunham também, (quero acreditar), as irmãs, de conhecimento prévio dessa história para melhor esclarecer os que lhes procuravam com reivindicações desse tipo (afinal, quem construiu, fez doações e se sacrificou muito para o hospital tinha todo o direito de se achar em parte "sócio" do mesmo). Foi por essa razão, que escolhi justamente a história do Hospital São Luis, para começar esse blog; por ser uma história linda de mobilização e por essa pequena correção que necessita ser bem explicada.


Vou passar aqui um jornal comemorativo de 25 anos do Hospital(1985), que consegui com a Sra. Cassilda Detroz. Reparem que na redação, muito pouco se falou dos esforços comunitários e de que magnitude foram. Não foi culpa das irmãs, agora diretoras do Hospital, a elas também faltavam explicações.



Apesar dos pesares, o Hospital se tornou referência no Estado, graças a competência de sua administração. E embora hoje, esteja na condição de propriedade privada e ser de uma recente fundação; é sem dúvida nenhuma, parte do nosso patrimônio cultural do que nosso povo pode fazer. Sua condição como símbolo é inegável.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pichirum VII - O Hospital Erigido... mas é só o começo...

1960. Este é o ano que ficará marcado para sempre na memória do campoalegrense, a data que a construção do hospital se deu finalizada. 5 a 6 anos de sacrifícios, de trabalho, dedicação de tantos para um único fim. Há muito não era o sonho de um homem, mas o sonho de todos. A data havia sido marcada. O Bispo se faria presente, o Prefeito Eugênio Herbst, o Tesoureiro da Sociedade Miguel Kotovicz também estavam apoiando. Realmente seria um grande Evento!
Outra pessoa que teria sua presença muito festejada nesse contexto é o Médico Alemão Karl Duda. Formado em medicina em Berlin e em Porto Alegre, estava envolvido no projeto do hospital há muito tempo, através dos convites e preparativos do Padre Luis Gilg.  Segundo o que se relata o Duda teve participação no levantamento de fundos provenientes de seu país de origem, contudo não tenho provas documentais para demonstrar esse ato como o fiz em relação ao dinheiro levantado pela comunidade local das mais diversas formas. 
O primeiro médico em Campo Alegre foi sem sombra de dúvida o nosso estimado Dr. Mario Kormann. Foi ele o primeiro a atender no posto de saúde construído na gestão de Carlos Brandes, e também foi ele o primeiro a internar e atender pacientes no novo hospital, antes mesmo de sua festa de inauguração. É justo prestarmos esse reconhecimento ao relevante papel que desempenhou o médico nesta terra (pedirei uma foto a ele para postar aqui).


Convite da Inauguração do Hospital dirigido a autoridades.
Com o Hospital construído as dívidas eram grandes. Repare no convite acima, a necessidade de continuar arrecadando em todas oportunidades possíveis; mesmo que o apelo e o argumento fosse contraditórios - afinal, enviar um "Convite Especial" a alguém e logo depois advertir que se " Caso não poder comparecer, pedimos mandar um representante ou mandar uma contribuição para diminuir as dívidas do enorme edifício." é um tanto desconcertante. Entretanto, a necessidade fez a ocasião.
o Médico Karl Duda e o Padre Luis Gilg
Contudo, o desafio maior ainda estava por vir... e a advertência do então (em 1954) Prefeito Carlos Brandes em sua carta, forçava visualizar a amarga verdade que vinha a frente :"... o que nós precisamos saber é donde vem os meios e de que sustentamos depois o hospital,..." (trecho de uma carta do Prefeito Municipal endereçada a recém criada Sociedade Beneficente). Essa carta na época não foi bem recebida pela Sociedade Beneficente (a quem se dirigia como desculpa pelo não comparecimento na fundação) e foi transcrita por Herbst no seu livro; mas a pertinência do aviso era mais do que séria.


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Um Presidente entre nós...

Em 1954, Campo Alegre recebeu a visita do Vice-Presidente Nereu Ramos (Com a morte do Presidente Getúlio Vargas, Nereu Ramos acabou assumindo a presidência por dois meses e vinte um dias em 1955). 
A dita visita tinha sido intermediada pelos companheiros de partido o PSD(Partido Social Democrático), principalmente o Eugênio Herbst. Também se alinhavam ao PSD um outro Partido fundado pelo Padre Luis Gilg e Miguel Kotovicz o PDC (Partido Democrata Cristão). Em âmbito municipal PSD e PDC eram aliados e eram adversários da UDN (União Democrática Nacional). 
Pois bem, na época o Prefeito da cidade, Carlos Brandes era da UDN e portanto adversário do Herbst, do Padre e do Kotovicz. Entre outros membros da UDN na época estava meu avô Eugênio Duvoisin e Horst Walter. A UDN em nível nacional fazia oposição a Getúlio Vargas que era considerado pai de dois partidos da época o PSD (que tinha um caráter Patronal) e o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro). 
Bom, a visita tinha a intenção de prestigiar os aliados do PSD-PDC. Foi Essa visita que inspirou o padre de que sua grande ambição seria praticável: construir o hospital. 
Vejamos as fotos da visita e depois vamos comentar sobre elas... Conto com a ajuda nos comentários desse texto para identificar mais pessoas e locais.
Desfile - 1954 com o Vice-Presidente Nereu Ramos
Nessa foto acima, vê-se o Comércio do Roepcke ao fundo, a sua esquerda o Hotel Duvoisin e um pedaço da residência e comércio do Chico Duarte (que aliás teve participações muito importantes para Campo Alegre). O desfile parte desse ponto, pela Av. Getúlio Vargas (esse nome é o de hoje, na época seria Estrada Dona Francisca mesmo) até onde hoje tem a casa da Dona Santinha ou o Mercado Barh. (Que curiosamente ficam na esquina entre a Rua Nereu Ramos e Av. Getúlio Vargas!!). 
Desfile - 1954 com o Vice-Presidente Nereu Ramos
Aqui a comitiva já está pelo reio da Getúlio Vargas. Ao fundo da direita pra esquerda pode-se observar a casa onde funcionou uma das primeiras padarias de campo alegre a padaria da Zuzka e do seu Crissanto,ao meio vê-se a casa que era de propriedade do Edi Cubas (ali funcionou uma barbearia do Treml quando eu era bem criança), mais a direita um posto/bomba de gasolina da ESSO do Kotovicz e por fim do lado direito, a casa onde funciona o escritório do Açougue Harens hoje.
Desfile - 1954 com o Vice-Presidente Nereu Ramos

 Aqui chegamos ao fim da parada, ao fundo a casa da dona Santinha (que aliás chama-se  Maria Regina Aracy Gonçalves - a sua entrevista vai render um texto lindo, muito obrigado dona Santinha). :).
Bem, essa foto é a única que é possível discernir o Nereu Ramos. É o senhor de terno com as mãos nas costas que está logo atrás da menina da direita. 
Bem pessoal, se vcs identificarem mais algumas pessoas aí na foto e quiserem me ajudar, usem os posts.
Em tempo: Estas fotos consegui com o companheiro Liska, perguntarei a ele a fonte para que possa ser identificada.

Registro de Bicicleta...

Essa é pra gente relaxar um pouco... após ter contado o "causo" da onça do manso e a milícia paroquiana; acho que seria interessante eu postar esse documento que colocarei abaixo. Ele identifica o possível delegado que autorizou os cidadãos a portarem armas (hipoteticamente falando). Pois bem, você já ouviu falar de alguém que tenha sido atropelado por uma bicicleta pedir a placa às testemunhas? Hoje isso soa como absurdo, porém houve época que bicicletas e proprietários eram devidamente identificados. Inclusive, em nosso ATUAL Código de Trânsito há regras de condução para ciclistas, contudo, na prática não sem tem como cobrar essas regras devido a falta de identificação desses condutores.
Vejamos o Documento:
Bom, daqui se pode tirar algumas "pistas" de nossa história: agora sabemos que a Autoridade policial na época era o Delegado Francisco Ranzetti em 21 de março de 1957. O proprietário era José Maria D´Amorim, dono de uma bicicleta Hunter nº AM 87950 cor Bordô. Caso alguém a tenha visto, favor notificar os parentes do Seu josé.
:D

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

"o Causo da milícia paroquiana"

Essa quem me contou, foi o Marcio Augustin, um grande amigo, pesquisador e benfeitor da memória campoalegrense: Conta-se que durante a construção do hospital, um grupo de homens havia sido designado junto a um caminhão para buscar pedras no leito do Manso. Eis que chegando lá, alguns homens viram uma onça, outros dizem que foram apenas as pegadas, mas ja viu como é causo... quem conta um conto aumenta um ponto. Bom, voltando a onça, digo, o causo... diante do fato os homens (os que restaram), foram ao Padre Luis Gilg por que não queriam mais tirar as ditas das pedras. O Padre pensou, pensou e veio com a solução: "Sô, sô!! Eu vai falar com a delegado e dar uma jeito nisso!" E assim foi... Ao que se conta, o delegado diante do carisma do padre não teve outro remédio que senão autorizar os trabalhadores a irem até sua lida armados de espingardas e revólveres... Estava formada a milícia de Campo Alegre!..(risos).
E a onça??!.... Bom, a onça se mandou, não foi vista mais... 

O Padre e o Mito.

Luis Eduardo Gilg era o nome do homem, Padre Luis o do Mito que se criou. Pelo que se relata, o padre era uma figura bastante ímpar; homem grande de 1,90m de altura que tinha sua estatura ainda mais potencializada pela batina preta, (que as vezes apresentava alguns furos devido as guimbas de cigarros que lhe escapavam das mãos quando adormecia no lugar do carona do seu velho fordinho vindo de algum canto do interior da cidade que carecia de seus serviços sacerdotais e farmacêuticos). Dono de uma voz poderosa e um gênio - (desculpem a má palavra) - dos infernos; apesar de haver inúmeros testemunhos de um coração magnânimo. Austero e complacente, o Padre Luis dessa forma, conseguia juntar o leão e o cordeiro sob o mesmo teto. Não o conheci, contudo, não consigo de deixar de admirar seus feitos em tão pouco tempo entre nós. Com certeza um visionário com extremo carisma. Vou postar uma foto aqui: é a mesma que está em seu túmulo no interior da Igreja Católica do centro.
São inúmeros os contos que se narram a respeito do seu gênio e genialidade. Histórias de como se aplicava na função de pároco e de farmacêutico. De como uniu as igrejas em Bateias e deu início a construção da nova, que "teria duas torres para simbolizar as duas igrejas que cederam o material para uma indissolúvel". Sobre essa última história vou contar mais tarde em um texto separado, mas para aplacar um pouco nossa curiosidade, vai aí uma foto que peguei com a Marli Telma na Mangueira Velha e credita-se ser esta foto alusiva a uma festa com a igreja nova de Bateias ainda em construção.
O Padre Luis capitaneou diversas construções: o hospital, a casa paroquial, várias igrejas (Bateias e Centro principalmente) e capelas. Tinha um lema: "Fé em Deus e pé na tábua". E de acordo do que diziam como dirigia e vivia, ele levava a risca o ditado. 
Farei no futuro um texto apenas sobre as igrejas em construção... conseguimos fotos lindas da igreja antiga na sede do município, tanto do lado de dentro quanto o de fora.
Falei do Padre também com intuito de resgatar o lado humano do mito. Voltarei a escrever sobre ele em breve...

Pichirum VI - Um povo obstinado em prol de uma Causa

Até aqui, relatei apenas as criativas alternativas que a Sociedade Beneficente usou para captar recursos; mas não falei ainda sobre tudo o que o povo fez para concretizar o hospital. Muitos tipos de sacrifícios foram feitos por todos. Mulheres, homens e crianças, pobres, ricos, católicos ou não; todos sem distinção, deram seu quinhão. Como demonstrado na foto do outro texto, muitas mulheres pegavam pás e enxadas e ancinhos e subiam a construção; além disso, havia as "filhas de maria" que se empenhavam em várias tarefas, que iam da participação nas arrecadações dos livros de mensalidade, até a limpeza de telhas e tijolos usados que haviam sidos adquiridos por doação. Das tarefas simples, como limpar as telhas e os tijolos, por exemplo, os estudantes do Grupo Escolar Lebon Régis participavam. Aliás, todo o grupo paralisava suas atividades uma vez semanalmente para ajudar no maior pichirum de todos! Meu avô, Eugênio Duvoisin, tinha um caminhão para puxar toras e uma serraria movida a água (no futuro postarei algumas fotos da serraria e do caminhão). Havia um dia específico da semana, que todo proprietário de caminhão, deveria ceder seu caminhão (com motorista!) que deveria estar estacionado no pátio da igreja em determina hora esperando destino e missão. Outra pessoa que cedeu caminhão nesses moldes foi o Valdomiro Schroeder, (pai do Noirton).
A tarefa dos caminhoneiros variava entre buscar os materiais doados (tijolos, madeiras serradas, pedras no rio...). Foram muitos os colonos que doavam os pinheiros em pé, ficando a responsabilidade do padre em contatar quem fosse até o local para derrubar, transportar, serrar e levar as tábuas até o sítio de construção. Todos ajudavam da forma que podiam. Os colonos normalmente, iam até o local não apenas para trabalhar (principalmente nos fins de semana), mas para levar alguma galinha ou pato que serviriam de comida aos demais trabalhadores.
Ao meu ver, até hoje é difícil imaginar a logística que tal empreitada gigantesca demandou das pessoas. Écomo se toda uma comunidade estivesse num transe hipnótico. Transe esse que se repetirá algumas vezes ainda nessa história.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Encontro de Viola!! No Campo Alegre

Pois é amigos... como disse no meu primeiro texto que está nessa página, esse blog não é apenas para contar a história e costumes do Campo Alegre do Passado, assim, vou vez ou outra, lançar algo de hoje em dia por aqui.
No dia 12 de fevereiro, (penúltimo sábado) ocorreu lá no Restaurante do Itamar Ribeiro nosso encontrro de viola, gaiteros e amigos; que ocorre todo mês e cada vez em um lugar diferente no Campo Alegre.

Confira as fotos:
12 de Fevereiro - Ticão, Guedo, Ivo, Diego, Menino Olavo, Robson (eu), Paulo e Pedrão.
Várias pessoas presentes no encontro

Menino, Guédo, Robson, Pedrão, Texeirinha, Freitas, Ivo, Paulo e Ticão.

Um Abraço a Todos os amigos que se fizeram presentes... e deixo de aviso que o próximo encontro será em Rio Represo em Março!!
Abraço! Ahhh e não esqueçam que tem o meu Programa de rádio na Rádio Cidade FM 104.9 ou na Internet: www.radiocidadecampoalegre.com.br, Todo Domingo das 11:00H as 13:00H ao vivo. 
Programa Alma de Viola, Alma de História.

Pichirum V – Hospital São Luís.

No último texto, falei um pouco a respeito sobre as diversas estratégias usadas pela Sociedade Beneficente Santíssima Trindade, que em última instância, era a sociedade campo-alegrense. Neste, continuarei a relatar mais algumas das engenhosas táticas usadas. O Vigário Luis Gilg sabia como poucos, usar do poder do símbolo; que, aliás, é coisa inerente de sua profissão. Além dos recursos captados através das mensalidades e das aquisições dos títulos da sociedade; havia também “santinhos de convocação”. Para quem não conhece ou não tem familiaridade com essa prática católica, santinhos são cartõezinhos com figuras de santos de um lado, podendo ter no verso da imagem uma oração alusiva ao santo em questão ou uma mensagem. Pois bem, padre e seus ajudantes escreviam mensagens no verso dos santinhos na forma de convocações ao trabalho nas festas e atividades afins. As pessoas envolvidas diretamente nestas atividades eram chamadas de “fabriqueiros”.
Eu recolhi três destes santinhos-convocações com a Sra. Cassilda Detroz, pois seu pai era um dos ditos “fabriqueiros”. Vejamos entãos estes santinhos:


Dessa forma, o padre “amarrava” o fabriqueiro com o santo; lembrando a este esse seu compromisso com a comunidade e com o santo... Quem teria coragem de dizer não a Nossa Senhora? Rs...
Nas festas se distribuíam fitas coloridas benzidas ou medalhinhas alusivas ao prédio e em troca dessas lembranças eram pagos valores no intuito de arrecadar mais fundos. Vou colocar outra imagem que mostra uma destas medalhas que era feito de material plástico, esta é de propriedade da Professora Ione. Que aliás, era filha de Maria.
Medalha comemorativa com a fachada do Hospital em alto relevo
Deixo para amanhã, um pouco mais sobre o assunto... espero suas sugestões e críticas nos comentários logo abaixo.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Pichirum IV - Hospital São Luis

A idéia de construir um Hospital em Campo Alegre ja vinha sendo alimentada por muitos, principalmente depois da construção do primeiro posto de saúde da cidade em 1953 - (o posto funcionava onde hoje está localizada  a APAE) - que só passou a funcionar um ano depois em 1954.
Em 1954 chegou o primeiro médico que se instalaria em Campo Alegre: Mário Kormann é o seu nome. Fincou pés tão bem entre nós, que até hoje reside em nossa cidade - sei que recentemente ele lançou um livro sobre seus atendimentos domiciliares no interior de nosso município. Quando com ele realizei uma entrevista, ele me contou sobre as dificuldades da época para atender nossos cidadãos.
Importante frisar que quem fazia as vezes de médico e farmaceutico antes da chegada do Sr. Kormann era o Vigário. Isso mesmo! Segundo relatos,o Padre Luis Gilg passou anos vivendo entre tribos Africanas e algum tempo com índios no Mato Grosso, especula-se que durante sua estadia entres estes, tenha absorvido seus conhecimentos de botânica e os utilizou em prol da população de Campo Alegre e São Bento.
O Padre teve papel fundamental nesse processo, e dele foi o mérito de ter sido o principal articulador para que a construção do Hospital acontecesse. O primeiro passo do pároco foi propor a população uma sociedade que fomentaria e gerenciaria os recursos adquiridos visando a construção do prédio. Tal associação chamou-se "Sociedade Hospitalar Beneficente Santíssima Trindade de Campo Alegre" e foi fundada em 6 de junho de 1954. Interessante e inteligente sáida tomada. O prefeito da época, Sr. Carlos Brandes era desafeto político do padre, e por isso, a sociedade que conclamou a todos habitantes (católicos ou não) a participarem, deixou o prefeito do ponto de vista político, bastante desconfortável e colocou o padre em evidência gritante, tanto que rendeu a vitória do candidato apoiado pelo padre na eleição seguinte.
Para custear a obra, foi lançado mão de diversas estratégias e são delas que vou me ocupar nos próximos textos.
Foram lançados Títulos de Sociedade que eram adquiridos por 1.000 Cruzeiros e conferiam ao portador descontos vitalícios ao comprador e a seus familiares nos serviços do futuro hospital. Vou reproduzir aqui uma cópia desse título:
Aliás, quero Agradecer muitísimo a Professora Ione dos Passos por ceder esse material para demonstração. Num futuro tópico, irei discorrer sobre o Grupo Escolar Lebon Régis, e com certeza falarei bastante sobre essa valorosa professora.
Muitos destes títulos foram vendidos. Mas o papel da população foi muito mais além que a mera compra de títulos. Todos se empenharam inclusive a pagar mensalmente a sociedade, mensalidade que variava de habitante para habitante conforme suas posses e capacidade de pagamento. Luteranos e católicos pagavam igualmente e seus nomes ficavam registrados em controles como esse que demonstrarei logo abaixo:

Aqui nessas duas imagens, está representado um dos cadernos de controle. Que fique claro, que não havia apenas um caderno e o contribuinte tinha a possibilidade de acertar com este ou com aquele recolhedor de sua preferência. Sendo assim, quando num caderno o nome de um chefe de família esta com suas contribuiçoes em branco, num outro caderno ele poderia estar com elas completamente quitadas.
Na primeira imagem, logo acima, vocês poderão perceber uma carta que apresentava as intenções do projeto e conclamava a ajuda de todos.
Nos textos futuros, continuarei falando sobre as muitas e criativas soluções que essa sociedade usou para arrecadar fundos. É uma verdadeira saga!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pichirum III - o Hospital São Luis

Hoje vou lançar uma porção de fotos. O hospital São Luis é para nós, um ícone de todo esse movimento cooperativista, que agiu da forma mais pura e expontânea; apesar de haver líderes impulsionadores e incontestáveis como o Padre Luis Gilg - que merece um post só pra ele - o povo já tinha em si o germe da coletividade, como tentei demonstrar nos posts anteriores. Vejamos duas fotos da construção do hospital:



Na foto mais acima, estáo os pedreiros, alguns contratados como o Bubi Bartsch que era o encarregado da obra. (Da esquerda pra direita é o 4º homem). A esquerda dele está um senhor negro, é o Jaime que era o capataz do Bubi, o Jaime é irmão da Professora Ione dos Passos - (naquela época ser professor era uma profissão de muito prestígio!mas isso é outra história pra outro post).
Já na segunda foto, fica registrada a presença feminina. Inclusive com a irmã Assunta, que foi uma das primeiras irmãs salvatorianas a ser mandada para trabalhar no hospital; e está conosco até os dias de hoje... se ela me permitir postarei uma foto atual dela aqui no futuro.
A obra do hospital foi grandiosa em todos os aspectos. Até hoje uma obra desse porte é estranha a uma comunidade pequena como Campo Alegre, todavia, a visão empreendedora dos campo alegrenses transcedeu o senso comum. Um dos aspectos que mais me chamou atenção em minhas pesquisas, foram as estratégias adotadas para a construção do hospital. Festas, caderno de mensalidades dos chefes de família, doações em material e em dinheiro(o que os colonos mandaram de pinheiro para ali não está no gibi), títulos de associado que em troca de um valor conferiam ao portador um benefício vitalício para si e para seus dependentes, recursos provenientes da Alemanha, etc...
Como você ja deve ter percebido, há muito material aqui pra falar e mostrar a respeito, e focando somente no hospital. Eu vou parcelar essas informações para que o texto não fique grande demais; além disso, todo esse texto é extraído do meu livro e ali haverá mais detalhes de todo esse processo.



Até o próximo post.. que ainda vai trazer muito mais informações sobre a construção do hospital.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Pichirum II

Vou continuar o assunto sobre o pichirum, comentando uma foto que segue abaixo. Antes, contudo, gostaria de salientar a todos os que lêrem o meu blog, (ou deveria dizer "nosso"?), que qualquer informação que eu esqueça (ou ignore), omita ou informe incorretamente DEVE ser corrigida. Portanto, não tenham medo de usar o comentário dos posts. Aceitarei de bom grado, qualquer informação por menor que seja.
A foto parece ser de meados da década de 40 e novamente, percebemos a concentração de pessoas de diferentes famílias no intuíto de uma atividade econômica a princípio não envolvendo transaçao direta de contrataçao de mão de obra. Dois detalhes da foto me chamam a atenção: a senhora negra a direita da foto, isso é digno de nota, pois até hoje são raras as famílias de cor em nossa região e apesar disso, sua presença na nossa história fica registrada como no exemplo dessa foto - em tempo: esta senhora é da família Galdino e viviam no Salto do Engenho. O outro detalhe é mais pitoresco: os feixes feitos com ramas de trigo, que são conhecidos como "bonecas" na mãos das senhoras a frente do grupo.
Caso o leitor saiba identificar mais pessoas ou tenha melhores detalhes sobre essas fotos demonstradas no blog, favor me notificar para que possa acrescentar aqui mesmo, grato! Note-se que o quinto homem da esquerda pra direita, em pé, é o então, Prefeito-intendente Bento de Amorim.

Campo Alegre: Caminhos que se Cruzam

Antes de continuar a falar sobre o Pichirum, quero explicar o título desse blog. "Campo Alegre: Caminhos que se Cruzam"; surgiu a partir de pesquisas sobre as origens da Região do Planalto norte, principalmente Campo Alegre, Rio Negrinho e São Bento do Sul.
Sobre Campo Alegre, especificamente, eram terras já habitadas por famílias brasileiras (caboclos, índios e latifundiários) que junto ao governo do Paraná se aliaram para oportunizar a aquele estado o direito de posse destas terras, haja vista que a criação da Colônia Schroeder (Dona Francisca) colocava em perigo essa posse, fundamentada no direito do uso do solo.
Assim, a data oficial da criação de Campo Alegre é de 1897, contudo, em 1860 ja haviam registros de famílias Carneiro, Fragoso, Baptista, Correa pro lado de onde hoje é Avenquinha e Fragosos; mas há outras famílias citadas: Cubas, Munhoz, Lima...  (inclusive vai aí uma provocação para os estudantes, na bandeira do município: há uma estrela com cinco pontas... e cada uma representa cada uma dessas famílias fundadoras- quais são?).
Portanto, é errôneo atribuir apenas a construção da estrada carroçável Dona Francisca como principal fenômeno que permitiu a colonização dessas terras. Outros caminhos foram essenciais, e cada um deles trouxe consigo culturas e etnias diferentes.
Enquanto o "caminho" da Dona Francisca trouxe os alemães e suíços; o caminho dos Ambrósios (atual tijucas), que na verdade era uma extensão de um ramal dos que alguns chamam de Peabiru ou caminho velho, caminho este que foi feito por indígenas, mas amplamente usado por frades, tropeiros e militares (que o usaram para fugir das tropas espanholas em 1777 em direção a São Paulo). Foi pelo caminho velho que eu simbolicamente atribuo a contribuição dos brasileiros que por aqui ja colonizavam).
Outro "caminho" que uso como símbolo do impulso empreendedor é a construçao da estrada de ferro que passa por Hansa (Corupá), Rio Vermelho e São Bento Do Sul. Em meados de 1913 vieram poloneses construindo essa estrada. Ao chegarem nas imediações de Rio Vermelho foram sendo dispensados e pagos. Não restou a estas famílias, outra alternativa que usarem a paga para adquirir novas terras. Assim, no caso de Campo Alegre, muitos se deslocaram ara onde hoje é Bateias pela "Trilha do Taquaral" conformer relatado no livro do mesmo nome do Professor Rufino Blaskovski.
Para terminar, re-elenco os três caminhos: Caminho Velho com brasileiros (caboclos, fundiários e bugres), Estrada Dona Francisca (Alemães, noruegueses e , Suíços) e Estrada de Ferro (Eslavos e poloneses). Diferentes pessoas,  de diferentes lugares e culturas, se cruzaram aqui atraves de diferentes caminhos. Por isso, o livro e o blog se chamam: "Caminhos que se Cruzam".

O Pichirum

Se me perguntassem qual é um dos traços mais marcantes do nosso povo, entre tantas eu apontaria sem pestanejar a organização coletiva em favor da comunidade. Há tantos registros fotográficos de mutirões organizados de toda ordem em nossa história que chega a impressionar. Desde o menor agricultor que convida seus amigos para um "pichirum" em sua roça até a construção de pontes, igrejas, do Hospital São Luis e do Seminário de Bateias.
O "Pichirum" é um termo usado por aqui para mutirão. Está tão arraigado em nossa cultura, que é difícil achar quem, por aqui, não tenha em sua lembrança de algum. Para demonstrar a familiaridade que nossa gente tem com o cooperativismo, colocarei e discorrerei sobre algumas fotos que tratam do tema.

Esta foto, é do final da década de 70, na serrinha, na propriedade do Ignácio Pruckneski. Trata-se de um típico Pichirum. Na foto em questão, meu pai (Oldemar Duvoisin) precisava colher feijão no Faxinal, o pessoal do Ignácio veio para ajudar, em troca, no outro dia, o meu pai mandou o trator para arar as terras para plantar milho lá no Ignácio. Logo a tarefa estava concretizada e nos dias seguintes as pessoas iriam as terras dos demais participantes. Detalhe na foto: o 4ºhomem de chapéu branco é o saudoso Ignácio Pruckneski.  
Aqui é outra tomada do mesmo pichirum.  Do lado direito está o valmetinho do meu pai com o Jean (que trabalha hoje na prefeitura) dirigindo.
Mas o Pichirum não se resumia apenas a arar... consistia nas mais diversas atividades: quando se matava um porco, chamava-se vizinhos e familiares para ajudarem a matar, limpar e conservar as carnes; como paga era dado a cada um uma parte do porco. A lógica consistia em aproveitar o máximo possível antes que a carne estragasse; diferentemente de hoje, muitas pessoas não dispunham de energia elética e portanto, de geladeiras. Assim, o jeito era aproveitar o máximo: fazer sabão da banha, enterrar partes da carne na gordura, confeccionar torresmos e etc... Mesmo assim, chamava-se o vizinho para que este pegasse um pedaço, (era costume não apenas pela educação, mas pelo pragmatismo da vida - que era muito dura nessas épocas - pois se acreditava que o vizinho quando matasse o dele também enviaria um pedaço de volta).
Destes Pichiruns mais simples eu participei de alguns. Também havia e há aqueles destinados a quebra do milho, a sapecada de erva mate (que era os que eu mais gostava na épocas de piá), os para bater trigo com a máquina da cooperativa, etc... 
Eu tornarei a falar no próximo post sobre mais mutirões, pichiruns e cooperativismos.
Hora do Fristik :)


No início era o verbo...

Seja bem vindo ao meu blog. Quem me conhece pessoalmente, sabe como sempre fui resistente a idéia de postar um blog; sempre achei uma forma que as pessoas medianas encontraram de aplacar seu narcizismo. Contudo, dizem por aí que "a língua é chicote da bunda"; e é a mais pura verdade, rs...

Bom. Feita a "mea culpa" podemos prosseguir e chegarmos no ponto a que veio esse site, esse tal de "blog": onde o objetivo é compartilhar para não perder. Simples, não? Apenas isso! Explico melhor: quando era garoto, (isso faz muiiiito tempo), sempre tive curiosidades sobre minha cidade, de onde viemos e coisas afins... daí que me frustrava ao não encontrar livros, documentos e ferramentas suficientemente esclarecedoras em nossa cidade para dar conta dessa curiosidade. Mais tarde, percebi que outras pessoas como eu (e diferentes de mim) tinham as mesmas perguntas sem respostas.

Desa forma, iniciei uma pesquisa que aos poucos foi sendo agregada com outras pessoas igualmente curiosas e interessadas na nossa herança cultural. Faço aqui uma distinção a uma pessoa que foi de grande valia em toda essa busca e trabalho: Luis Carlos Amorim - o Liska.
Assim, começamos a entrevistar pessoas, coletar e escanear fotos, ler livros que falavam mesmo que vagamente sobre Campo Alegre... enfim: fomos pesquisando amadoramente e dando tiro para tudo que era lado.

Resultado: ainda nao publiquei meu livro, embora ele já esteja formado para uma primeira tentativa de impressão. Confesso que já poderia tê-lo publicado, mas quando isso acontecer (que pode ser logo, pode ser em médio prazo e em longo prazo), terá de ser do jeito que eu gostaria que ele (o livro) fosse: ilustrado, de bom gosto no acabamento,  na medida do possível (da minhas infinitas limitações como arremedo de historiador e da precariedade das fontes) o mais preciso nas informações sem cair nos pernosticismos dos acadêmicos de plantão.

Bom... enquanto o livro não sai para o papel, pensei que poderia disponibilizar o material pela internet para quem quisesse discutir sobre ele. Seria mais uma forma de melhorar o que ainda não foi escrito... para falar bonito: um verdadeiro exercício dialético!

Convido então a todos os interessados no assunto, que leiam, discutam, critiquem, acrescentem e corrijam... apenas não elogiem, senão fico confiado e paro de melhorar. :D
"É dos inimigos, e não dos amigos, que se aprende a fazer muralhas altas" (quem joga civilization vai lembrar disso..rs)

Ahhh! Alem de divulgar fotos, comentários sobre costumes e histórias daqui, também vou divulgar nossos eventos culturais que teremos no decorrer da jornada.
Abraço a todos... e obrigado a todos que ajudaram e que ainda vão ajudar!!!

Robson Richard Duvoisin