Seja bem vindo!

Todo o conteúdo que passarei aqui, obviamente não foi apenas das entrevistas, li os livros de Carlos Ficker, Herculano Vincezi; Mario Kormann e do Eugênio Herbst e ótimo trabalho de Paulo Henrique Jürgensen; estes merecem o meu mais sincero agradecimento, "pois se tenho algum mérito é porque estive apoiado em ombros de gigantes". Contudo, a alma de todo material que apresento, devo única e exclusivamente a essas pessoas que merecem todo crédito:

Meu amigo Marcio Augustin; Sra. Cassilda Detros; Prof. Ione dos Passos; Seu Nêne Zumbah; Dona Santinha; minha prima Déborah Duvoisin; Dona Enezilda Schwartz (pela infinidade de fotos cedidas); A Irmã Alice (na época diretora do Hospital); Marli Telma; Nádia Bartch; Renato Duvoisin; Seu Adolfo Saltzwedel e ao Sindicato Rural; Ao Dr. Mario Kormann, Seu Ernesto Rocha; Seu Noirton Schoereder; Seu Valdírio Baptista e Família, Seu Osni Cubas; Seu Algacir Lintzmeier; Roberto Reizer; Seu Afonso Carneiro; Seu Osvaldo José Slogel; Braulio José Gonçalves; Seu Silvio Bueno Franco e sua esposa a Professora Sirlei Batista Bueno Franco; A Paróquia Santíssima Trindade; Seu Quinzinho Moura (e seu toque de gaita); Seu Augusto Serafim; Seu Deoclécio Baptista; Dona Hilva Machado; Seu Alonso Kuenen; a Dona Eulália Pazda; e tantos outros que eu talvez, injustamente tenha esquecido.

Obrigado Especial ao meu amigo e primo Luis Carlos Amorim que me conduziu e me apresentou a imensa maioria de todas esses cidadãos beneméritos campoalegrenses.

Obrigado a Todos, que ao cederem suas memórias, lembranças, músicas, fotos, documentos e um pouquinho de suas vidas; permitiram esse trabalho de divulgação de nossa cidade.



domingo, 20 de fevereiro de 2011

Pichirum IV - Hospital São Luis

A idéia de construir um Hospital em Campo Alegre ja vinha sendo alimentada por muitos, principalmente depois da construção do primeiro posto de saúde da cidade em 1953 - (o posto funcionava onde hoje está localizada  a APAE) - que só passou a funcionar um ano depois em 1954.
Em 1954 chegou o primeiro médico que se instalaria em Campo Alegre: Mário Kormann é o seu nome. Fincou pés tão bem entre nós, que até hoje reside em nossa cidade - sei que recentemente ele lançou um livro sobre seus atendimentos domiciliares no interior de nosso município. Quando com ele realizei uma entrevista, ele me contou sobre as dificuldades da época para atender nossos cidadãos.
Importante frisar que quem fazia as vezes de médico e farmaceutico antes da chegada do Sr. Kormann era o Vigário. Isso mesmo! Segundo relatos,o Padre Luis Gilg passou anos vivendo entre tribos Africanas e algum tempo com índios no Mato Grosso, especula-se que durante sua estadia entres estes, tenha absorvido seus conhecimentos de botânica e os utilizou em prol da população de Campo Alegre e São Bento.
O Padre teve papel fundamental nesse processo, e dele foi o mérito de ter sido o principal articulador para que a construção do Hospital acontecesse. O primeiro passo do pároco foi propor a população uma sociedade que fomentaria e gerenciaria os recursos adquiridos visando a construção do prédio. Tal associação chamou-se "Sociedade Hospitalar Beneficente Santíssima Trindade de Campo Alegre" e foi fundada em 6 de junho de 1954. Interessante e inteligente sáida tomada. O prefeito da época, Sr. Carlos Brandes era desafeto político do padre, e por isso, a sociedade que conclamou a todos habitantes (católicos ou não) a participarem, deixou o prefeito do ponto de vista político, bastante desconfortável e colocou o padre em evidência gritante, tanto que rendeu a vitória do candidato apoiado pelo padre na eleição seguinte.
Para custear a obra, foi lançado mão de diversas estratégias e são delas que vou me ocupar nos próximos textos.
Foram lançados Títulos de Sociedade que eram adquiridos por 1.000 Cruzeiros e conferiam ao portador descontos vitalícios ao comprador e a seus familiares nos serviços do futuro hospital. Vou reproduzir aqui uma cópia desse título:
Aliás, quero Agradecer muitísimo a Professora Ione dos Passos por ceder esse material para demonstração. Num futuro tópico, irei discorrer sobre o Grupo Escolar Lebon Régis, e com certeza falarei bastante sobre essa valorosa professora.
Muitos destes títulos foram vendidos. Mas o papel da população foi muito mais além que a mera compra de títulos. Todos se empenharam inclusive a pagar mensalmente a sociedade, mensalidade que variava de habitante para habitante conforme suas posses e capacidade de pagamento. Luteranos e católicos pagavam igualmente e seus nomes ficavam registrados em controles como esse que demonstrarei logo abaixo:

Aqui nessas duas imagens, está representado um dos cadernos de controle. Que fique claro, que não havia apenas um caderno e o contribuinte tinha a possibilidade de acertar com este ou com aquele recolhedor de sua preferência. Sendo assim, quando num caderno o nome de um chefe de família esta com suas contribuiçoes em branco, num outro caderno ele poderia estar com elas completamente quitadas.
Na primeira imagem, logo acima, vocês poderão perceber uma carta que apresentava as intenções do projeto e conclamava a ajuda de todos.
Nos textos futuros, continuarei falando sobre as muitas e criativas soluções que essa sociedade usou para arrecadar fundos. É uma verdadeira saga!

2 comentários:

  1. Robson, parabéns pelo seu blog, é muito interessante conhecer a história dessa cidade tão bonita. Sempre voltarei aqui.

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  2. Obrigado Vanisa... Espero mais de suas visitas e sugestões por aqui.

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