Não sei precisar exatamente a data, se na década de 70 ou na 80... mas na entrevista cedida pela Professora Ione dos Passos, foi me dito que a Sra. Martiminiana de Amorim (Dona Marta) precisou ir ao hospital e levou consigo seu título de associada, (aquele que conferia benefícios vitalícios a quem o comprasse por Cr$ 1.000,00), contudo ao exigir em seu julgo um melhor tratamento ou desconto, as irmãs salvatorianas negaram-se a reconhecer o documento. Quem estaria certo? A população que deu tanto de si, pelas mais diversas formas, ou as Irmãs que nada sabiam do documento? Como isso se procedeu? vejamos...
1961. O hospital já estava em funcionamento, porém, havia muito o que fazer (e o que pagar também). O padre e a sociedade viam-se em maus lençois, pois a estrutura de pessoal e equipamento que o Hospital demandava eram tremendas! Como pedir mais a população? Eis que surge uma solução, impopular talvez, mas necessária. O Padre Luis e o Herbst na condição de presidente da Associação, (que lembremos, era a mantenedora dos fundos angariados para a construção, propriedade e funcionamento, do Hospital) - convocaram uma Assembléia Extraordinária com unicamente dois fins: a DOAÇÃO INCONDICIONAL do prédio à Ordem Salvatoriana e a EXTINÇÃO da Sociedade no mesmo ato.
Dessa forma, promessas seriam quebradas, mas o bem maior estaria garantido. Não deve ter sido uma decisão fácil, contudo, foi aplicada. Assim, essa Assembléia ocorreu em 12/04/1961, quase sem quorum algum, pois na primeira convocação não houve presença mínima de associados, sendo requisitada nova assembléia para uma hora depois e apenas com os presentes, foi-se votado e aprovado as duas ações. Assinaram a ata Padre Luis Gilg, Eugênio Herbst e Miguel Kotowicz.
Por essa razão o título da dona Marta Amorim foi ignorado. O documento, dava direitos em relação a Sociedade Beneficente e não a Ordem Salvatoriana e nem ao Hospital (que agora pertencia as Salvatorianas). Ao que me parece, o caso da dona Marta não foi isolado e vários equívocos assim aconteceram. Não dispunham também, (quero acreditar), as irmãs, de conhecimento prévio dessa história para melhor esclarecer os que lhes procuravam com reivindicações desse tipo (afinal, quem construiu, fez doações e se sacrificou muito para o hospital tinha todo o direito de se achar em parte "sócio" do mesmo). Foi por essa razão, que escolhi justamente a história do Hospital São Luis, para começar esse blog; por ser uma história linda de mobilização e por essa pequena correção que necessita ser bem explicada.
Vou passar aqui um jornal comemorativo de 25 anos do Hospital(1985), que consegui com a Sra. Cassilda Detroz. Reparem que na redação, muito pouco se falou dos esforços comunitários e de que magnitude foram. Não foi culpa das irmãs, agora diretoras do Hospital, a elas também faltavam explicações.
Por essa razão o título da dona Marta Amorim foi ignorado. O documento, dava direitos em relação a Sociedade Beneficente e não a Ordem Salvatoriana e nem ao Hospital (que agora pertencia as Salvatorianas). Ao que me parece, o caso da dona Marta não foi isolado e vários equívocos assim aconteceram. Não dispunham também, (quero acreditar), as irmãs, de conhecimento prévio dessa história para melhor esclarecer os que lhes procuravam com reivindicações desse tipo (afinal, quem construiu, fez doações e se sacrificou muito para o hospital tinha todo o direito de se achar em parte "sócio" do mesmo). Foi por essa razão, que escolhi justamente a história do Hospital São Luis, para começar esse blog; por ser uma história linda de mobilização e por essa pequena correção que necessita ser bem explicada.
Vou passar aqui um jornal comemorativo de 25 anos do Hospital(1985), que consegui com a Sra. Cassilda Detroz. Reparem que na redação, muito pouco se falou dos esforços comunitários e de que magnitude foram. Não foi culpa das irmãs, agora diretoras do Hospital, a elas também faltavam explicações.
Apesar dos pesares, o Hospital se tornou referência no Estado, graças a competência de sua administração. E embora hoje, esteja na condição de propriedade privada e ser de uma recente fundação; é sem dúvida nenhuma, parte do nosso patrimônio cultural do que nosso povo pode fazer. Sua condição como símbolo é inegável.
Parabéns pela iniciativa, são pessoas como você
ResponderExcluirque fazem a diferença!
Obrigado Taci... a diferença é dever de todos, pq todos podem. Basta tentar.
ResponderExcluirContinue comentando.
:)